A medida que a taxa de juros fica próxima a zero as ações de política monetária de injetar mais recursos na economia, para estimula-la, não obtém resultado.
Isto acontece porque as pessoas têm preferência pela liquidez, que vem a ser o grau de facilidade de converter um ativo em moeda, sendo a própria moeda o ativo mais líquido da economia.
Ou seja, entre dois investimentos (ativos) de risco e retorno similares, os agentes econômicos optarão naquele que é o mais líquido.
Isto posto, as pessoas só optam por investir se forem obter um ganho com isso. Esse ganho (risco) serve para compensar a menor liquidez do investimento, vis a vis, a moeda.
Outro efeito de manter a liquidez é a expectativa de que os juros não serão negativos, isto é, terão uma tendência de alta, que caso se confirme fara com que o investimento de renda fixa caia.
Explico: o aumento dos juros reduz o valor presente do investimento e vice versa.
Sendo assim, as pessoas não aplicam seus recursos pelo receio de que o aumento da taxa de juros reduza o valor presente do seu investimento.
Assim, todo o esforço da política monetária para aumentar a liquidez fará com que as pessoas retenham mais moeda.
O melhor exemplo é o Japão que, desde o final dos anos 80 está em recessão e da qual não conseguiu sair até hoje. Lá, as taxas de juros são nominalmente negativas e nada parece reavivar a economia.
Este problema agora está se espalhando pelos países emergentes, o Chile e o Peru já reduziram o juro a quase zero.
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