A ideia por trás da política do Banco Central do Brasil – BCB é criar um regime de baixas taxas de juros, para estimular a elevação dos níveis de investimento e, portanto, do produto e do emprego.
Em uma economia monetária, há limites para a redução das taxas de juros reais (descontando a inflação). As pessoas podem manter dinheiro em espécie, pois não irão trocá-lo por depósitos bancários, ou em quaisquer outros intermediários financeiros, a taxas negativas.
A possível ineficácia da política monetária deriva do fato de que o investimento das empresas é até certo ponto indiferente às taxas de juros. O investimento ocorre em resposta à expectativa de crescimento do mercado.
Estamos assistindo em alguns países da União Europeia, que estão com taxas de juros negativas, pouco estímulo na demanda agregada. Isto acontece porque, estes países, não podem adotar medidas fiscais para estimular a economia, os países da União Europeia possuem um limite para o déficit fiscal.
As autoridades monetárias podem acreditar que menores taxas de juros ajudarão o chamado “efeito riqueza”, os detentores de ativos se sentem mais ricos, induzindo a elevação de gastos em consumo e assim a demanda agregada.
A redução dos juros faz com que as receitas futuras sejam descontadas a uma taxa menor tornando seus ativos mais valiosos, isto traz um risco de bolha.
Não podemos esquecer que, segundo dados do Bank for International Settlements – BIS, entre o início dos anos 80 e metade da década de 90, os ativos financeiros transacionados ao redor do mundo passaram de US$ 5 trilhões para US$ 35 trilhões. Isso representou uma taxa de crescimento anual mínima da ordem de 15%. Portanto, acima do crescimento da produção mundial e dos seus respectivos ativos fixos.
Para recuperar a economia o governo tem de reduzir seu dispêndio para via política fiscal aumentar seu investimento que é praticamente nulo.
Juros baixos conjugado com a reforma da Previdência fará com que as pessoas tenham que poupar mais e, portanto, consumir menos.
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