O efeito riqueza descreve a relação entre o patrimônio líquido de um indivíduo ou de uma sociedade e seu nível de consumo. Ele sugere que quando o patrimônio líquido de uma pessoa aumenta, ela tende a aumentar seus gastos e consumo, mesmo que sua renda permaneça constante. Isso ocorre porque as pessoas muitas vezes baseiam suas decisões de consumo não apenas na renda atual, mas também na sensação de riqueza que possuem devido aos ativos que possuem, como propriedades, investimentos ou outros bens valiosos.
O efeito riqueza é um componente importante da teoria econômica comportamental e tem implicações tanto para as decisões individuais de consumo quanto para a economia em geral. Quando os valores dos ativos, como os preços imobiliários ou os preços das ações, aumentam, as pessoas podem se sentir mais ricas, o que leva a um aumento nos gastos. Por outro lado, quedas nos valores dos ativos podem levar a uma sensação de perda de riqueza, levando a reduções nos gastos e a uma possível desaceleração econômica.
Isto aconteceu no Japão e foi chamada de “Década Perdida”, teve início nos anos 1990. Ela foi precedida por um período de crescimento econômico rápido durante as décadas de 1960, 1970 e 1980.
Na década de 1980, o Japão vivenciou uma bolha imobiliária e financeira, caracterizada por preços excessivamente inflacionados de ativos como propriedades e ações. Esse crescimento especulativo foi impulsionado por empréstimos fáceis e investimentos arriscados.
Os bancos japoneses tinham muitos empréstimos inadimplentes em suas carteiras, devido à falência de empresas e ao declínio dos preços dos ativos. Isso levou a um sistema financeiro debilitado e a uma restrição no crédito.
Essas pressões levaram a uma espiral descendente na economia japonesa, com deflação, queda de investimentos, redução do consumo e problemas no sistema financeiro. As tentativas de políticas de estímulo do governo e do Banco do Japão para reverter a situação tiveram resultados mistos ao longo dos anos 1990 e início dos anos 2000. A economia japonesa enfrentou uma recuperação lenta e gradual nas décadas seguintes.
A história está se repetindo agora na China, os imóveis foram o principal destino da poupança, com aumento de preços nas últimas décadas que, agora pode ter terminado.
Devido à erosão do valor de seu principal patrimônio os chineses consomem menos, cerca de apenas 38% do PIB, levando a queda nas vendas de varejo e na produção industrial.
À medida que a demanda interna diminui e o desemprego aumenta, os consumidores tornaram-se mais cautelosos em seus gastos, contribuindo para um ciclo de deflação e enfraquecimento econômico.
A recente redução da taxa de juros que está em torno de 2,5% ao ano e a ampliação do crédito pode ajudar a reversão deste quadro. A redução da taxa de juros ajuda a aumentar o valor presente dos ativos gerando a sensação de aumento de riqueza.

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